terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Felizes para Sempre

Nunca gostei muito de filmes de romance, acho meio clichê, com final previsível. Mas confesso que ultimamente tenho assistido algumas comédias românticas e até dramas. Não sei se é porque nem todos terminam com 'felizes para sempre' ou eu que ando meio sensível.. Enfim, o que me levou a alguns minutos de reflexão foi um comentário da minha mãe, depois de ver algum desses 'romances não-clichê': “eu gosto é de histórias de amor, não dessas histórias tristes”.
Isso me fez pensar porque, infelizmente, histórias de amor como se via antigamente estão ficando cada vez mais raras. Dentro e fora das telas. A realidade é que juntamente com a modernidade e a tecnologia, a frieza e a indiferença tomaram conta da vida das pessoas. Falo de modernidade no sentido de que foi estabelecido um novo modelo de relacionamento, novos valores. Estes, na maioria das vezes, carregados de egoísmo, hipocrisia. Tudo vem antes da família: trabalho, estudos, amigos, diversão.
Quando foi a última vez que você ouviu falar em uma festa de bodas de ouro? Talvez um casal que comemorou 25 anos de união? A tendência é de que os casamentos durem cada vez menos. Uma prova disso é que foi promulgada no dia 13 de julho a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do divórcio direto, que agiliza a separação entre os casais. A partir de agora, o pedido de divórcio passa a ser imediato, assim que o casal optar pelo fim do casamento. Quem solicitar o divórcio poderá entrar com um novo pedido de casamento após registrar a sentença emitida pelo cartório. Ou seja, agora é possível entrar num cartório casado com uma pessoa e sair festejando uma nova união com outra. Simples assim.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 153 mil pessoas se divorciam por ano no Brasil. Se os números de divórcios não paravam de aumentar, imagine agora com essa facilidade para oficializar o fim de um casamento! Parece tão fácil jogar fora uma família, anos de convivência, planos. Tenho a impressão de que as pessoas não têm mais aquela ideia de construir uma vida a dois, acompanhar o desenvolvimento dos filhos, envelhecer ao lado do companheiro. O que impera hoje são os relacionamentos instantâneos, tão fortes quanto um castelo de areia na beira do mar, que duram até a primeira onda de dificuldades chegar.

Quem me conhece sabe que não sou muito sensível nem romântica, mas gosto de pensar que o fato de ter uma família já é um motivo para agradecer e ser feliz. Acredito que a base de um casamento e, consequentemente, uma família feliz e abençoada começa no namoro. E isso ficou ainda mais evidente para mim depois da campanha 'Família: missão impossível?', da IBFC. Enquanto as pessoas que 'deixam acontecer naturalmente' acabam se frustrando e se arrependendo, penso que vale a pena esperar em Deus e escolher a pessoa certa para construir uma relação firmada na rocha, que pode até passar por dificuldades, mas que com a graça e o amor de Deus pode ser 'feliz para sempre'.
 Sâmela Lauz

Um comentário:

  1. Parabéns pelo texto Pi..

    e Se Deus permitir vamos viver "felizes para sempre" .

    Beijão (quase)jornalista.

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